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Ozempic & Cia: Os agonistas do GLP-1

consumidor dcnts diabetes estudos científicos Nov 21, 2024

 

A molécula GLP-1, ou Peptídeo-1 semelhante ao glucagon, é um hormônio produzido naturalmente no intestino após a ingestão de alimentos - chamado como um grupo de Incretinas

Afinal, o que são e como atuam?
Os agonistas do GLP-1 (ou GLP-1RAs) são aliados poderosos na luta contra o diabetes tipo 2 e a obesidade. Eles agem no corpo em várias frentes: desde as células pancreáticas até o sistema nervoso central, garantindo uma abordagem múltipla e eficaz para o controle glicêmico e o manejo do peso. 

 No nível celular: Precisão no controle da glicose

Nosso pâncreas é o ponto central dessa ação. Os GLP-1RAs estimulam as células β a liberarem insulina, mas com uma vantagem: só aumentam essa produção quando os níveis de glicose estão altos. Isso reduz o risco de hipoglicemia – ponto positivo, certo? Além disso, inibem a liberação de glucagon pelas células α durante a hiperglicemia, equilibrando ainda mais a produção de glicose pelo fígado.

Proteção e saúde das células β

Esses medicamentos vão além: promovem a proliferação e preservação das células β pancreáticas, combatendo a apoptose. Isso é feito através de vias intracelulares complexas, que incluem o famoso AMPc/PKA e fatores de transcrição que melhoram a função das ilhotas pancreáticas.

No sistema nervoso central: Regulação do apetite e saciedade

Sabemos que comer menos e se sentir saciado é essencial no controle de peso. Os GLP-1RAs atuam no hipotálamo, regulando essa sensação e retardando o esvaziamento gástrico. Assim, o paciente fica satisfeito por mais tempo e reduz a ingestão alimentar – uma ajuda extra para o emagrecimento e o controle dos picos de glicose pós-refeição.

O que temos no mercado atualmente? 

  1. Dulaglutida (Trulicity): Administrado por via subcutânea uma vez por semana. A dose inicial é de 0,75 mg, podendo ser aumentada para 1,5 mg semanalmente para o tratamento do diabetes tipo 2.
  2. Exenatida (Byetta): Administrado por via subcutânea duas vezes ao dia. A dose típica é de 5 a 10 µg por dose para o diabetes tipo 2.
  3. Exenatida de liberação prolongada (Bydureon): Administrado por via subcutânea uma vez por semana, com uma dose de 2 mg.
  4. Liraglutida (Victoza, Saxenda): Administrado por via subcutânea diariamente. Para diabetes tipo 2, a dose é de até 1,8 mg por dia. Para obesidade, a dose é de até 3 mg por dia.
  5. Lixisenatida (Adlyxin): Administrado por via subcutânea diariamente, com doses de 10 a 20 µg.
  6. Semaglutida (Ozempic, Rybelsus, Wegovy): Disponível em formas subcutânea e oral. A forma subcutânea é administrada semanalmente, começando com 0,25 mg e podendo ser aumentada até 1 mg para diabetes tipo 2. Para obesidade, a dose pode ser aumentada até 2,4 mg semanalmente. A forma oral é administrada diariamente, com doses de até 14 mg.

Em resumo…

Os agonistas de GLP-1 não são apenas mais uma opção. Com efeitos robustos na secreção de insulina, controle de glucagon, proliferação de células β e controle do apetite, eles oferecem uma abordagem integrada para o tratamento do diabetes tipo 2 e da obesidade.  Vale acompanhar de perto!



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